PÁTRIA AMADA GRAJAÚ

Terra de muitos encantos,

Recanto de belas paisagens.

Melodia de meus cantos,

Cenário de ilustres personagens.

Nas águas do teu rio brota a vida,

Brotam flores e frutos preciosos

Em teu seio ó mãe querida.

Tu és minha inspiração, meu primeiro amor.

Grajaú tu és minha pátria amada,

Fonte radiosa de todo meu vigor.

Mulher formosa, minha eterna namorada.

Pátria amada Grajaú, terra da boemia.

Quem são teus coronéis escrava bicentenária

Que não querem te dar tua alforria?

Tu és meu refúgio e minha babilônia.

Tu és a esperança de quem tanto sonha.

Tu és meu lar acolhedor e aconchegante.

Tu és minha esposa e minha amante.

De tristeza e de alegria,

Às margens do teu rio chorei.

Aqui nasci, cresci, aqui morrerei.

Suspiros de Paixão

Eu te quis, te quero, te desejo,

Em meus pensamentos você virou fixação,

Penso em você a todo instante...

Portanto, te ver não é o bastante.

Quero-te por inteira em meus braços,

Te amar de corpo e alma,

Me envolver, te seduzir.

Repousar em teu colo,

Sentindo a mais suave

Fragrância de teu corpo,

Beijando tua pele macia.

E entre suspiros de desejos,

Saciar-me com teus beijos,

E jurando-te eterno amor,

Quero dormir em teus braços.

Amando-te sem pudor,

Quero me perder em teus abraços.

Quero ser teu tudo,

Tua paixão, mas não teu dono.

Ser tua esperança, tua alegria,

Ser teu num eterno abandono.

Jamais quero te ver chorar,

Ao me ver partir, sorria!

Pois saibas que irei voltar.

Tu és meu jardim,

Meu perfeito recanto

Cheio de encanto,

Onde a tristeza não passa por lá...

Solidão

Solidão me faz sonhar com o amor perfeito,

Solidão me joga nos braços de quem não conheço,

Fecho os olhos e beijo a mulher dos meus sonhos,

Amo todos os dias uma amor diferente,

Ao meu redor um campo de flores,

Uma diversidade de cores, de nomes,

De cheiros e sabores.

Atraído pela beleza dos corpos,

Encho-me de ilusões.

Tudo por um pouco de prazer,

Por um pouco de carinho, migalhas de amor...

Sou eu mulher amarga, vazia e sem pudor.

Sou eu homem carente nos braços da meretriz.

Tenho sede e tenho fome de prazer,

Sinto frio e não consigo me aquecer.

Quão imenso é meu leito sem a presença

De alguém para amar de corpo e alma,

Entregar-me por inteiro já não mais consigo.

Às vezes rio, às vezes choro, às vezes brigo

Com as paredes do meu quarto.

Quarto que mais parece uma prisão,

Sou eu poeta, compondo inspirado pela desilusão

De não ter mais o amor de quem eu tanto amei.

Hoje, nem amor nem ódio.

Nem arrependimento nem perdão.

Meu mundo tornou-se uma ilha,

Agora somos somente você e eu

Detestável solidão.

Coração Dilacerado

Não há mais nada a fazer,

Então chorar pra que?

Volto ao mesmo lugar

Onde antes era um jardim.

Mas, flores, já não existem mais.

Cultivar espinhos não sou capaz.

Deixo teu mundo para trás.

Enterro meus sonhos,

Enterro meu amor por ti,

Jaz passado mulher amada.

Enquanto eu sofria por amor,

Sem teu carinho, sem teu afago,

Tu buscavas amor em outros braços,

Deixando assim meu coração em mil pedaços.

Hoje sei o quanto dói uma traição.

Conheci o gosto amargo da rejeição.

Choro pra não ter que te odiar,

Pois na dor aprendi a perdoar.

Rosa sem espinhos

Fecho os olhos e me lembro de você,

Tão meiga, tão delicada, tão pura....

Tão bela, irradiante, apaixonante...

Cativou-me com teu sorriso,

E ao te ouvir falar pela primeira vez,

Foi como ouvir uma canção de amor...

Amei-te em segredo e hoje me declaro...

És fonte de minha inspiração...

Por ti bate forte meu coração.

Por isso desejo tanto...

Estar em teu colo para que enxugues meu pranto...

De noite ou de dia, seja sempre minha alegria.

Nos dias frios quero aquecer-te como um cobertor,

Nas noites escuras, quero ser a lua a iluminar teus caminhos...

Velar teu sono, contemplar-te como a uma rosa sem espinhos.

Deixa então que eu faça parte da sua vida,

Que eu seja parte dos teus sonhos,

Que eu seja teu amigo,teu amante,teu irmão...

Que eu seja tua água,teu pão, tua comida, tua paixão...