sábado, 1 de novembro de 2008

Desabafo II

Quando a saudade me comove,
Sinto-me escravo do passado.
Tem dias em que me sinto sufocado
Pelos meus próprios anseios,
Pela vontade de mudar o presente,
Já que não posso mudar o passado...
Tenho pesadelos!Meus medos me perseguem.
Ah esse medo do fracasso!Que tormento!
Eu lamento, eu bem que tento manter esse sorriso.
Nem sei por que escrevo essas coisas,
Talvez seja pra tentar me libertar de meus próprios sentimentos...
Estou reagindo, lutando contra um monstro que eu mesmo criei.
Mas nunca é tarde pra tentar ser feliz...
Nessas linhas tortas e incertas do amanhã,
Busco escrever uma história diferente,
Não necessariamente uma história com final feliz....
Onde todo mundo se abrace!
Onde todos se confraternizam...
Que seja triste o final... Mas que ninguém chore minha partida!
Porque o fim pra mim é isso... Parece que tudo acaba
Quando as pessoas vão embora!
Só acaba pra quem fica!
Pra quem vai, talvez seja o começo de uma nova e longa jornada!
Que seja cheia de desafios, cheia de aventuras.
Não acredito nesse paraíso em que tudo são flores e amores!
Acredito num paraíso onde todos saibam o valor exato
Que cada vida tem, onde as pessoas se preocupem
Mais em amar, porque tudo faz sentido quando se ama,
Por mais que a vida seja difícil e o amanhã tão incerto!

Metamorfose ambulante

Eu parei... Me fingi de morto!
Eu dormi... Ignorei a realidade!
Eu gritei... Quis ser notado!
Eu chorei... Mendiguei amor!
Eu calei... Me fingi de mudo!
Eu fechei os olhos... Me fingi de cego!
Eu quis ficar só... Amei a solidão!
Eu quis voltar atrás... Mas me achei perdido!
Eu tropecei... Caí... Quem me estendeu a mão?
Eu quis lutar... Contra tudo e contra todos!
Eu escalei montanhas... Cujo cume é o céu!
Eu abandonei meus ideais... Desisti de sonhos!
Eu me pus à prova... Eu me arrisquei demais!
Eu andei por caminhos sombrios a procura de alguém!
Eu desvendei um grande mistério... Quem sou eu?!
Eu sou uma metamorfose ambulante... Hoje sei o que sou!
Perdi muito tempo procurando respostas onde só havia perguntas!