No começo me sentia tão livre,
Eu bebia, comia, cantava e dançava.
Ao meu redor, pessoas me bajulavam,
Estava cercado por lobos disfarçados de ovelhas.
Desperdiçei dinheiro, tempo, saúde.
Gastei meus bens e me perdi.
Meu Pai sei que muito lamentou minha partida.
Eu me achava dono do mundo,
Dono da razão, me sentia como um rei.
Um rei que virou vagabundo,
Vivendo como um fora da lei.
Ultrapassei todos os limites,
Julgava muito sensatas as minhas trangressões.
Desafiei a vida e a morte,
E num duelo suicida, fui derrotado e humilhado pela vida.
Fugi como um covarde, por sorte não fui ferido pela morte.
Me alcançara o opróbio e o desprezo,
A angústia e a depressão.
Me arrependi por ter saído de casa,
De onde não me faltava nada,
Muito menos o pão.