terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Fera ferida

Tua hostilidade, tua indiferença

São como punhaladas traiçoeiras,

Geram em mim versos tristes,

Sombrios, incertos, confusos.

Não mais sonhei, não mais sorri.

A mágoa envelheceu minha tez,

Emudeceu meus sentimentos,

Meu coração solitário,

Vagueia como um náufrago num mar morto.

Coração vazio, sem fé, oprimido pela dor da rejeição,

Nutrido de um rancor que transtorna meu ser...

Faz-me pensar que amei em vão,

Que sofri em vão, Que sonhei em vão,

E em vão foram todos meus poemas de amor.

Não buscarei conforto em outros braços,

Clamo a Deus: Afastai de mim Senhor

O cálice da paixão! Para que eu não comungue

Do pão da traição...

Sou fera ferida, no combate abatido.

Perdido em labirintos,

Tentando encontrar a saída.

Fugir pra onde?Chorar pra que?

Sem teu perdão, seu tem amor,

Morrerei tentando te entender.

Farei da solidão companheira minha,

Até teus olhos se voltarem novamente para mim,

Até que a Misericórdia divina

Transforme nosso amor numa história sem fim.

Nenhum comentário: