quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Abrindo os olhos

Tudo ficou tão claro,

E as estrelas brilhavam

E a lua sorria, e o céu se abriu.

Amanhecendo e renascendo,

Vi tua luz irradiando calor, alegria e paz,

Trazidos através da ventania.

Rindo e cantando de um jeito,

Aprendo a pedir,

Querendo um aconchego, um colo,

Um leito no seio materno.

Banhado e lambido de conforto,

Lânguida face, esquecida e banida de desapego.

Agora jaz ferida, acolhida pelo sossego; desenlaça,

Desenrola e desembaraça os cabelos.

Reluzindo, brilhando, se apaixonando.

Cambaleando ensaia novos passos,

E passa e repassa os sons da trilha sonora

Do seu passado, triste aurora.

Esquece, apaga, escreve,

Apaga, reescreve, rasura.

Tens agora formosura, brio,

Apetite, vontade própria,

De ser capaz, feroz, veraz.

No peito, um coração novo,

Curado, sarado, pulsando,

Não mais murchando no peito,

Que se enche tão só com coragem

Para alçar o vôo da liberdade.

Nenhum comentário: