quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Raios

Eu, que nada sou e que apenas transito,

Vejo contradições tantas que geram conflito.

Eu, que tanto sonho, que tanto prezo pela justiça,

Vejo o ímpio, sempre sobresaindo-se por causa de sua malicia.

Vejo controvérsias, vejo a inércia de quem quer mudar o mundo

Somente com palavras.




Não há verbo sem fato, e nem fato sem verbo!

Não há felicidade sem amor, e nem amor que não traga felicidade.

Maldade! Convenhamos, origina-se na ignorância humana.

E insana é a filosofia dos tolos que vivem dia após dia.

Deixam que sua própria ganância consuma seus dias.




O futuro nada mais é que uma incerteza,

Que transformamos a cada manhã,

Somos o que pensamos e o que fazemos,

Correndo atrás de sonhos que idealizamos,

Pra suprir a necessidade que a realidade nos impõe.




Não temos nada a perder,

Senão o futuro que nos é privado

Pela morte que sempre vem brusca e inesperada.

E não tarda em encontrar quem a busca.




Busco a plenitude da vida,

Busco o amor sem peso e sem medida.

Busco a sabedoria, deixando as tolices pra trás.

Para não ter que atirar pérolas aos porcos,

E vê os ímpios escarnecendo dos justos.




Nada sei, vejo reflito e escrevo.

Nada tenho a não ser o desejo...

Desejo de continuar vivendo

Mesmo quando a morte me espreita,

Desejo de ser feliz, embora a tristeza me persiga,

Desejo de continuar lutando,vencendo...

Mesmo quando a vida me obriga a ser um perdedor.

Nenhum comentário: