Teus olhos miram meus olhos,
Tua boca alia-se a minha.
Teu corpo junto ao meu corpo
É como um encaixe de uns quebra-cabeças,
Debaixo de um firmamento iluminado por estrelas
Que brilham no infinito do universo.
E mais um verso é a lua que clareia a noite turva,
Nos campos, vales e jardins.
Dois valores, um enlace,
Duas flores que se fundem e fecundam mais beleza
Na harmonia da natureza,
Onde as cores são diversas
E as origens mais dispersas.
No ínfimo da criação,
Do criador das rosas,
Das margaridas à luz do arrebol,
Da aurora brilhando feita auréola em nós.
Igual ao santos, só que loucos
E cegos de amor.
Sem defeito que nos separe,
Sem veneno que nos amargue,
Sem corretivo que nos apague,
Sem medo de não enxergar o que virá:
Olhos que dispensam colírios.
Dos jardins os lírios,
Dos desejos os delírios.
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