quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Lírios & Delírios

Teus olhos miram meus olhos,

Tua boca alia-se a minha.

Teu corpo junto ao meu corpo

É como um encaixe de uns quebra-cabeças,

Debaixo de um firmamento iluminado por estrelas

Que brilham no infinito do universo.

E mais um verso é a lua que clareia a noite turva,

Nos campos, vales e jardins.

Dois valores, um enlace,

Duas flores que se fundem e fecundam mais beleza

Na harmonia da natureza,

Onde as cores são diversas

E as origens mais dispersas.

No ínfimo da criação,

Do criador das rosas,

Das margaridas à luz do arrebol,

Da aurora brilhando feita auréola em nós.

Igual ao santos, só que loucos

E cegos de amor.

Sem defeito que nos separe,

Sem veneno que nos amargue,

Sem corretivo que nos apague,

Sem medo de não enxergar o que virá:

Olhos que dispensam colírios.

Dos jardins os lírios,

Dos desejos os delírios.

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