quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Vida II

Vida, um doce amargo, um rabisco, um retrato em preto e branco.
Uma luz, uma sombra, um desejo, uma dor, um desatino.
Nas selas da alma, amores, venturas, desenganos.

Caminhos incertos, paixões, devaneios, corações profanos.
Pra cada sonho perdido uma lápide em branco.
Mil velas não bastam pra iluminar meus pensamentos.

Me cai bem o recato, o silêncio, mas não a timidez,
Não vou ficar mudo, pra falar de amor todos somos poetas.
Te faço juras eternas, transformo meus poemas em orações...

Vida, uma causa perdida, uma rosa murchando
Espalhando suas pétalas pelo chão.
Amor e ódio, mentiras, opróbrio, solidão.

Não há meias verdades, honra e glória aos heróis,
Guilhotina aos covardes.
Não há lugar seguro, amorte é a sorte de todos.
O grão de trigo precisa morrer, pra um novo fruto nascer.

Quem anda na corda bamba, tem pressa de chegar,
Sem poder correr, calcula cada passo, passo a passo até a
Fronteira do infinito atravessar.

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