quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Nove vezes fora nada

Faço contas, faço projetos,

Analiso os fatos, peso os gestos.

Às vezes sonho, ás vezes canto,

Vou seguindo o meu caminho.

Suporto os calos, agüento os espinhos.

Nada reclamo, disfarço, não minto.

Realmente sofro, e muito sinto.

Quem ama também sofre.

Quem nunca amou, nunca sofreu.

Não posso negar o que é meu.

Nem tampouco regressar em

Cada coração, em cada vida,

Que antes sorria alegre a me ver!

E relembrar e dizer que um dia

Foi bom fazer parte do teu ser.

De repente, porém sem perceber...

As boas obras perderam o sentido,

Diante daquela nuvem escura e passageira,

Que apagou os sonhos, deixando a mágoa,

Plantada, colhida. E agora vejo,

Que toda uma vida, por mais solitária que seja,

Não merece um amor covarde.

Que tarde em perdoar

E desista de ser Feliz por ter medo de recomeçar.

Não sou o juiz que irá julgar,

Nem a balança que irá pesar

Os sentimentos e as intenções,

Os desejos dos corações.

Faço mais que planos e projetos,

Faço conta nos meus versos.

Onde não há perdão,

O amor é pecado e dor,

Nove vezes fora nada.

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