Faço contas, faço projetos,
Analiso os fatos, peso os gestos.
Às vezes sonho, ás vezes canto,
Vou seguindo o meu caminho.
Suporto os calos, agüento os espinhos.
Nada reclamo, disfarço, não minto.
Realmente sofro, e muito sinto.
Quem ama também sofre.
Quem nunca amou, nunca sofreu.
Não posso negar o que é meu.
Nem tampouco regressar em
Cada coração, em cada vida,
Que antes sorria alegre a me ver!
E relembrar e dizer que um dia
Foi bom fazer parte do teu ser.
De repente, porém sem perceber...
As boas obras perderam o sentido,
Diante daquela nuvem escura e passageira,
Que apagou os sonhos, deixando a mágoa,
Plantada, colhida. E agora vejo,
Que toda uma vida, por mais solitária que seja,
Não merece um amor covarde.
Que tarde em perdoar
E desista de ser Feliz por ter medo de recomeçar.
Não sou o juiz que irá julgar,
Nem a balança que irá pesar
Os sentimentos e as intenções,
Os desejos dos corações.
Faço mais que planos e projetos,
Faço conta nos meus versos.
Onde não há perdão,
O amor é pecado e dor,
Nove vezes fora nada.
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