quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Clamores

Despertai tu que se esconde.

Despertai do asilo em que se omitis

Mostrar tua face, verdadeira face.

Sem sombras ou mascaras.

Revela-te com tua audácia perspicaz,

E teus argumentos mais do que racionais.

Persuadindo-me com a mais pura verdade.

Instigando-me com astúcia e pouca vaidade.

Transformai meu cotidiano de erros,

De desatinados palpites e impulsos desastrosos.

Retificai meu caminho e livrai-me de desesperos.

Saturai minha mente com teus sábios conselhos.

Despertai e ensinai-me a viver

A plenitude dos meus dias.

Evoluindo para perfeição a cada amanhecer.

Adocicando meus dissabores e presenteando-me de alegrias.

Possui e comandai a tua embarcação,

Navegando de olho nos faróis da justiça,

Sem atracar em portos de solidão.

Conservando tuas riquezas onde não haja cobiça.

Apascentai meus sonhos para que

Nenhum se perca em devaneios tolos,

Dando-me filhos bastardos

Ou algo que me traga um semblante tristonho.

Dai-me um castelo de paz e prosperidade.

Para eu desfrutar do que traz gozo e felicidade,

Dai-me uma rainha sábia e generosa,

Despertai em mim oh alma majestosa!

Nenhum comentário: